A sexta-feira é placebo
Dado a nós pra não sabermos
que a vida é usura
Diário de muitos mitos
Caminhada cheia de ritos
Trilha diária de inúmeros erros
Mas sabemos do eterno sofrer
que o homem traz no peito
Como ferro marcando a pele
Tudo inverso, gasto, oposto
do que se espera, falsas palavras
violentas quimeras,
imperfeito
mundo, sem ordem, hipérbato
Grandes reviravoltas no viver
Independente do placebo,
Horário, forma, fama, trabalho
Trago no fundo de meu dia
No âmago do peito: um raio
que me eletrifica e me acorda
para que’u não roa essa corda
como um rato adestrado,
na maçante e bruta
mais-valia
de quem não vive,ama, grita, chora
[e só tem medo
E não se entrega ao enredo
do fugidio, mas inefável dia a dia.
Carola
Carola,
ResponderExcluira vida roda sua fortuna com violência e delicadeza transitórias, e é preciso saber se movimentar em suas ilusórias cadências. mas ah, esse raio que trazes, esse enredo, é disso que falo: é aí que os deuses entregam suas joias, sua fortuna no jardim do destino.
beijos,
r