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Mostrando postagens de setembro, 2012

Que caminhos deverias ter seguido até chegar à Alma?

Há quantas luas persistias em percorrer por este caminho obscuro e desconhecido? Pensavas que ias encontrar um pote de ouro, maravilha de toda ordem e um pouco de paz.  Havia muito mais a descobrir do que estes olhos traziam a ti, passeavas pelo entremeio das palavras para tentar achá-la, mas os caminhos eram descaminhos. Não havia beleza, vinhos ou castelos. Somente portas e mais portas não ultrapassadas, mistérios nem tão simples, desventuras.  Força centrípeta eram, eterna quimera. O que se fazia regozijo outrora, hoje se desfaz na monotonia. Como eram felizes naqueles dias em que estavam embriagados de fervor por toda a cidade sem porquê. Eram muito mais do que corpos em baile na noite adversa, caminhavam como notas no uníssono da vida, pares ligados pela felicidade clandestina.  Levaste-na ao teu ninho e lá mostravas o que eras de fato, pena que não dela. Então, perdeste o sentido do percurso. Caminhavas por outras estradas e a cada parada olhavas pa

Só se sabe que aconteceu

Filme Antes do amanhecer(1995), de Richard Linklater Ele a convidou para um encontro. Conheciam-se há bastante tempo.  Sabiam que existia uma sintonia, mas algo os impedia de uma aproximação mais verdadeira. A desculpa dele para se verem era a solidão da vida de solteiro: não quero ficar em casa, “tá” batendo a depressão, cansei de assistir TV, “bora” fazer alguma coisa, tomar umas de leve... Ela estranhou a atitude dele, que era sempre bem tímido, engraçado, mas tímido.  Tudo parecia não querer esse encontro, ela inclusive. Estava receosa do que podia sair daquele dia. Já tinham se aproximado antes, mas ela fugiu. Sentia as pernas moles quando ele se aproximava, agia feito boba. Ora essa, tenho trinta e cinco anos. Como é que um menino desses consegue me deixar assim? Enquanto se encaminhava para encontrá-lo descobriu que não havia ônibus na cidade: quê isso minha gente, será que vou ter que ir a pé? Merda, vou chegar toda suada. Era mês de julho, ela morava na periferia

Oooh my God

Um novo gênero, uma nova tribo, uma atitude ou um modo de vida. Essas são algumas das explicações para o “novo” comportamento dos rapazes e moças das grandes capitais mundiais, das médias e pequenininhas – como é o caso da Mangueirosa – que transitam pela casa dos quase vinte anos, de nascimento ou mental, sob a alcunha de hipster .  Mas que diabos é isso? Ora, meus colegas, nada mais é do que os nossos moderninhos de outrora, os quais se vestem e agem de uma maneira, digamos, peculiar, misturando tendências e lançando algumas novas, com cara de quem não dá a mínima para moda e para o mundo capitalista. Os hipsters trazem marcas de grife misturadas com artigos de brechó, ouvem bandinhas farofa como hipe e, sobretudo, andam em bando.  Bebem em biroscas para se mostrarem desprendidos e descolados, mas não comem os salgados destas, pois são feitos em condições anti-higiênicas.  São veganos por amor aos animaizinhos, mas não resistem a um bom e velho filé maturado vindo diretamen

Fico

Teus olhos sorrindo queixo quadrado cabelo branco nem parece  mas és menino apenas impulso a penas vontade apenas você quero-te estranho, i nteiro  e doce jovem, i maturo e s imples brilho no olho, s ilêncio sabemos do desejo do medo de sentir tremi em teus braços susto porém não fujo  fico Carola Lírica

Ardendo no mesmo fogo

Apenas vejo-o fogo vejo-te sempre verbo delírios, sei que tens vários será que todos são meus? é hora de conhecer-te pensar ou querer tê-lo? digo-te mesmo e direto não entendes o meu zelo? és fiel somente a ti? por que desejas a minha carne? fome e frêmito descompassados sei que devo afastar-te não quero mais o sinto sempre ao lado sempre íntimo enamorado dentro de mim a mesma fome comunga do mesmo verbo deliro descompassada ardendo no mesmo fogo Carola Vívida