Sou o rei do meu tempo Sou o bobo da corte o mendigo, o faminto, o palhaço, o indigente o rico, o burro, o pobre, o forte, o inteligente Sou o curandeiro eu curo a dor do futuro e mais que isso tudo Sou mais do que a bunda no assento Eu sou o acento agudo, aquele que fere a palavra mostra a tônica atônita pela ideia pela matéria Sou de tudo um pouco Já fui cego surdo mudo Mas tudo muda, se move torna-se novo agora falo, grito tanto, até ficar rouco Não quero muito do mundo. Só não quero esse pouco. Carola