Pular para o conteúdo principal

Carolices

Para quem não me conhece, chamo-me Carol Magno, sou formada em Letras e trabalho como revisora de texto em uma agência  (decidi manter essa parte do passado) , mas sou de fato criadora. Essa é minha vocação: trabalhar com criação de mundos, de causos, de cena, de poemas, de contos... Sou atriz,  rata de sebo, curiosa à terceira potência, adoro contar e ouvir histórias (com “h” mesmo, não escrevo com “e”). 

Aqui quero dividir o que aprendo e todos os dias aprendo-vivo um pouco. Daí vem o impulso deste blog, Espasmos Literários quer dizer isso. Segundo o Houaiss, espasmos: arroubo, êxtase, arrebatamento, exaltação, com o meu adendo, de literatura. Decidi criar este blog para sempre ter que pesquisar, ligar textos de toda forma com pinturas, vídeos e filmes com poemas, ilustrações com crônicas e assim por diante. 

Busco sempre na internet textos legais, para pessoas que amam ler (como eu!), mas não sabem por onde começar ou trazer leituras descomplicadas e apaixonadas dos livros que tenho, ganho e garimpo. O plano é facilitar os caminhos. Por isso, vez por outra você encontrará aqui ou no perfil do blog no facebook(www.facebook.com/EspasmosLiterarios) uma resenha, um artigo por aqui, uma entrevista acolá. Tudo muito fácil e sem a linguagem rebuscada. Também publico no blog textos meus, inéditos.

No entanto, ninguém consegue ser feliz sozinho, então, abri espaço para os amigos virem somar comigo referências, gostos, inferências e paixão, a fim de promover diálogos entre as artes e artistas. E todos, claro, amantes da palavra.

Temos aqui ilustras da Renata Segtowick (ilustradora que fez a arte do blog), do poeta Léo de Carvalho do blog “Relógio de Areia” com os microcontos; Ana Carolina Marçal, publicitária, do Tumblr “A vida poderia ser um Conto”, com  texto passando pela temática da memória; poemas de amigos das Letras da UEPA, a minha turma de graduação e sonhos (Angelica Arcasi, Denis BezerraLylian Cabral, Mariana Hass e Mateus Moura);  além dxs queridxs escritorxs paraenses Adriane Henderson, Adriano Barroso, Andrei Simões, Dand M., Danilo Caetano, Diego Diniz, Renato Gusmão, Renato Torres e Vicente Cecim. 

Tantos outros virão para se unir neste espaço da palavra comigo. Sempre conectada, ativa e inquieta. Palavra viva, palavra apaixonada. Em eterno Espasmo.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Poetas Marginais e Geração Mimeógrafo

Estamos mais do que acostumados a ter acesso a livros e e-books que muitas vezes nem sequer passam pelo mercado editorial, mídia, crítica literária, universidade   ̶  isto é, espaços responsáveis pelo sucesso de público e sobre a inclusão da obra no cânone literário   ̶ ,   mas que se tornam fenômenos de leitura   e podem influenciar gerações futuras. Não, não estou falando de nenhum sucesso da web em blogs, sites, tumblr, fanzine virtual ou algo do gênero.  Estou falando dos poetas marginais e da Geração Mimeógrafo. Para você que acha que esses poetas vieram diretamente da cadeia, ou mimeógrafo é um bicho, uma doença ou um tipo de droga, explico.  Esses poetas começaram a produzir seus escritos a partir da década de 70 e se estenderam até 80 – alguns teóricos consideram apenas a década de 70, porém pela produção literária que até flertou com o movimento punk outros também consideram a segunda década –, ou seja, compreendidos nos ano...

Gerda: A PORTA DO CAOS

Estava com a vida num marasmo que não entendia. Tinha começado a passar por uma série de transformações que estavam doendo até aquele momento, mas tudo parecia calmo, demais até, pensava. A sensação louca que tinha era de estar na beira de uma praia vendo a mansidão do mar, mas seu coração tinha uma mania chata de antever e palpitar descompassado, o que pensava ser arritmia era uma intuição de arrancar paz, era de família sua avó dizia, “pajé bom é assim mesmo”, odiava àquelas frases da matriarca, mania de me assustar, eu hein.   Mas era assim, seu peito palpitava, sentia que ia morrer de falta de ar, seu corpo paralisava de olhos abertos, e tinha uma miração. Ia acontecer de novo. Viu uma onda do tamanho de um prédio vindo em sua direção prestes a quebrar na sua cabeça, seu corpo começou a somatizar e suou dois litros inteiros, a água escorreu debaixo de seus seios, a boca seca e o desequilíbrio a fez cair no chão. Que merda é essa, é crise de pânico só pode, a onda tá se aproxi...

Rio

Eu, filha de rio Adentro O Rio De São Sebastião Gentileza, Selarón São Jorge e Zés Pilintras Parto e no centro encontro bordas No Rio transbordo                            o que me é profundo Nele, no seio, anseio estar no mundo como um rio inundo do que tenho de estranho entranho o belo, o imundo Rio em mim rios muitos Carola