Um novo gênero, uma nova tribo,
uma atitude ou um modo de vida. Essas são algumas das explicações para o “novo”
comportamento dos rapazes e moças das grandes capitais mundiais, das médias e
pequenininhas – como é o caso da Mangueirosa – que transitam pela casa dos
quase vinte anos, de nascimento ou mental, sob a alcunha de hipster.
Mas que diabos é isso? Ora, meus
colegas, nada mais é do que os nossos moderninhos de outrora, os quais se
vestem e agem de uma maneira, digamos, peculiar, misturando tendências e
lançando algumas novas, com cara de quem não dá a mínima para moda e para o
mundo capitalista.
Os hipsters trazem marcas de grife misturadas com artigos de brechó,
ouvem bandinhas farofa como hipe e,
sobretudo, andam em bando. Bebem em biroscas para se
mostrarem desprendidos e descolados, mas não comem os salgados destas, pois são
feitos em condições anti-higiênicas. São veganos por amor aos
animaizinhos, mas não resistem a um bom e velho filé maturado vindo diretamente da argentina –pela hora da morte em tempos de crise mundial – do restaurante mais badalado da cidade.
Conversam sobre Bukowski e Gaudí
sem ter referência alguma sobre arte por baixo do topete à la Morrissey e do wayfarer – hoje já desprezado, coitado, depois que os paraguaios reproduziram-no em larga
escala. São mais do que trollados pelas redes sociais, mas não
choram porque não são emos, guardam a
lágrima esquerda para cair em casa e manter a pose blasé de defequei para o mundo.
No twitter há alguns perfis: @tiposdehipster
e @hipstercafona, com a hastag famosa #ummundosemhipster. E também no Facebook: www.facebook.com/HipsterDaDepressao
ou mesmo no Tumblr com o conhecidíssimo: http://hipstercafona.tumblr.com/. São
alguns dos inúmeros locais na web
criados unicamente com a missão de arrancar nossas parcas gargalhadas entre uma
procrastinação e outra.
"Estudiosos" (mas nem tanto) dizem que esta “tribo”
deve ser conhecida antes de ser dizimada – oração escolhida sem a intenção de
fomentar trocadilhos, apesar de minha influência jurunense –, pois ela começou
fadada ao fim, já que com a velocidade diária da nossa amiga net a nomenclatura logo vai mudar e com
o empurrãozinho da conotação pejorativa que a palavrinha tem.
Mas antes que eles acabem e o
motivo das trends topics mude, fique
com este textículo (não mexa no meu veneno) como aperitivo. Brincadeiras e trocadilhos à parte, oooh my
god, como são engraçados.
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