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Mostrando postagens de janeiro, 2013

É tempo de metamorfose

Cena do filme argentino Medianeras (2011) de Gustavo Taretto E quando a vida se apresenta insípida, sem viço e sem cor, permanecemos como manequins inertes por detrás de uma vitrine, a claustrofobia é inevitável.  O peso do vidro, dureza e quase invisibilidade nos faz recuar. O medo do que se vê e a indecisão pelo incerto nos faz sofrer pelas amarras. Por mais que saibamos que não há certezas, não se quer perder o pouco de conforto teoricamente conseguido. Então, os caminhos aparecem à revelia, a vida empurra nossos pés para segui-los, que andam frenéticos e nem nos damos conta.  Quando se atenta para o que eles fizeram, a decisão já foi tomada. É preciso aceitar a verdade. Agradecer o novo. A vida não espera convite. É tempo de metamorfose.  Carola

À Natasha

                                                                                                                                      Por Diego Diniz* (por ter me apresentado Sylvia Plath) Queria chorar, mas não consigo. Queria minha vida dilacerada e teu nome tatuado no meu punho esquerdo, mas não sou tão panaca. Eu queria em primeiro lugar sa...

HAROLDO MARANHÃO: MINICONTO INÉDITO

Foto de Haroldo Maranhão retirada do site www.releituras.com Um pouco na esteira de publicar sobre Literatura de várias modalidades e gênero s, escritores que amo, livros , resenhas, projetos de leitura, vídeos , intertextos, conexões entre literatura e outras artes e E spasmos de toda ordem, trago como u m brinde de início de ano um miniconto de Haroldo Maranhão.  Este que é uma das referências d e literatura na Amazônia, mas pouco conhecido em sua terra. Muito mais aclamado e estudado em outras regiões do Brasil , infelizmente.  Ele foi jornalista de profissão, desde os 13 anos no jornal da família , o histórico Folha do Norte . Foi romancista, contista, cronista e prosador como poucos, com vasta bibliografia e prêmios pelo país . Teve as obras publicadas na Tcheco slováquia, Portugal, Estados Unidos , entre outros. Para os que não conhecem, uma parte da bibliografia:  Romances - A morte de Haroldo Maranhão   –  1981, GPM (Pr ê mio U...

Entre chuva, café e Amy

Coffe with headphones by Mandi Ainsworth Começo o ano num semissono. Hoje é a primeira sexta-feira de 2013 e todos estão ansiosos pelo fim de semana, menos eu. Vejo os dias seg uirem lânguidos e vagarosos, como se a vida demorasse para começar. As pessoas com que queremos passar o fim de semana em euforia, ainda anestesiadas pelo placebo que é a esperança de um ano novo. Não querem acreditar que a mudança não ocorre com novos meses e sim com novas atitudes que podem surgir em qualquer dia de qualquer ano e me enquadro neste plural.    Belém tem amanhecido com chuva e está me aviva o sonho, cada dia com mais sentido, como se o “não estar no mundo” de Cecília Meireles significasse mais em meu cotidiano. Assim me mantenho viva. Meu café pequeno ativa as ideias para que o sonho come ce a ter gosto de realidade, de prefer ência quente e saborosa.   E Amy Winehouse vem alimentar meus dias de música e perpetuar minha nostalgia, ingrediente necess...