Cena do filme argentino Medianeras (2011) de Gustavo Taretto |
E quando a vida se apresenta insípida, sem viço e
sem cor, permanecemos como manequins inertes por detrás de uma vitrine, a claustrofobia
é inevitável.
O peso do vidro, dureza e quase invisibilidade nos
faz recuar.
O medo do que se vê e a indecisão pelo incerto nos
faz sofrer pelas amarras. Por mais que saibamos que não há certezas, não se
quer perder o pouco de conforto teoricamente conseguido.
Então, os caminhos aparecem à revelia, a vida empurra
nossos pés para segui-los, que andam frenéticos e nem nos damos conta.
Quando se atenta para o que eles fizeram, a decisão
já foi tomada. É preciso aceitar a verdade. Agradecer o novo.
A vida não espera convite. É tempo de metamorfose.
Carola
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