Depois de postar um poema que por si só já entrega o seu teor, esqueci de como é necessário tentar sempre, de fato me acovardei, colocar suas construções lexicais e sentimentais em um espaço público é doloroso, pois a cara fica livre para bater, para ser cuspida, seu ego pisoteado e o escárnio se mostra próximo.
Arte de Karin Lambrecht |
Fiz questão de procurar esse caminho que me foi tão empolgante de trilhar à primeira vista, mas tão arenoso de continuar...retorno a ele como entrei, como uma andarilha distraída, que solta suas palavras-semente ao vento para que sejam fecundadas, em parte só, em parte por todos.
Quero que elas floresçam e que seus frutos alimentem quem tem fome de leveza, quem não tem medo de ser ameno. E nas horas de caos, encontrem uma artilharia que pode ser usada para saciar seus tormentos. Em suma, quero dividir, compartilhar o que tem de belo e podre dentro de meus espasmos literários.
Carola
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