*Por Adriano Barroso
Não é fácil te alcançar, não. Quantas palavras delirei Em teu santíssimo nome Teu corpo que detona a fome Tua mão que bate e some.
Não é fácil beber dessa luz
construída só com palavras
sempre me falta o pulo, a cifra
a sigla, a chave, a subtração
o traço, o xis, o ponto.
Não é fácil preparar essa casa
Pra te receber, não.
Quantos ecos procurei nas palavras
Substantivações de sombras
Que se espraiam abandonadas.
Grita o poeta à amada:
A porta está aberta,
Arromba!
*Adriano é ator, escritor, diretor de teatro e cinema. E agora resolveu mostrar os seus poemas para o mundo(ainda bem!) e para o Espasmos Literários.
Comentários
Postar um comentário