*Por Denis Bezerra
Amanhã, quando romper a cortina escura
Estarei clara para a morte.
Turva para a vida.
E quando cerzir por mais um instante,
A penetrar a apocalíptica espada,
Nua na alma,
Fechada ao gozo divino,
A aurora se fará concreta, atroz, viril.
Quando chegar, e me elevar ao vale rejeitado,
As nuvens claras de dor e destino
Abrirão esse amanhã: gotículas traspassadas
Pela luz entrante.
E sentir, por unívoco tempo,
O sêmen seco fecundado.
*Denis Bezerra é Professor e Ator
Gosta de vinho e cigarro,
de boas conversas, de estar no palco e da vida.
Pesquisa e escreve no Blog Teatro no Pará .
Comentários
Postar um comentário