Há quantas luas persistias em percorrer por este caminho obscuro e desconhecido? Pensavas que ias encontrar um pote de ouro, maravilha de toda ordem e um pouco de paz. Havia muito mais a descobrir do que estes olhos traziam a ti, passeavas pelo entremeio das palavras para tentar achá-la, mas os caminhos eram descaminhos. Não havia beleza, vinhos ou castelos. Somente portas e mais portas não ultrapassadas, mistérios nem tão simples, desventuras. Força centrípeta eram, eterna quimera. O que se fazia regozijo outrora, hoje se desfaz na monotonia. Como eram felizes naqueles dias em que estavam embriagados de fervor por toda a cidade sem porquê. Eram muito mais do que corpos em baile na noite adversa, caminhavam como notas no uníssono da vida, pares ligados pela felicidade clandestina. Levaste-na ao teu ninho e lá mostravas o que eras de fato, pena que não dela. Então, perdeste o sentido do percurso. Caminhavas por outras estradas e a cada par...