Pular para o conteúdo principal

Primeiro post de 2012

O primeiro post do ano veio no terceiro dia, numa terça-feira, lógico, os que me conhecem sabem que tenho um grande misticismo com este número que é presente desde o dia que nasci até o título de eleitora. 

Este espaço virtual nasceu da vontade de publicar meus escritos, não como diário, mas como um registro de voo do eu-poético Carola Magno ou Carol Magma... pelas veredas da memória, cotidiano, marasmo ou euforia, geminianamente dúbio, literalmente, literariamente espasmódico.

Pretendo, então, voltar para o início, a gênese de minha escrita: os diários. Este espaço contraditório - que serviu como espaço de celebração, medos, parede de declarações grafada por várias mãos ou mesmo livre tela para criar heterônimos e versos, sempre envolto na pureza do papel branco - será maculado e permeará este blog no ano de 2012, ocorrerá uma devassa consentida. Outros diários também estarão presentes neste mês de janeiro, muito mais famosos que os meus.

Boa fruição, bom comentário, bom debate e bom ano!!
        
         






Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Poetas Marginais e Geração Mimeógrafo

Estamos mais do que acostumados a ter acesso a livros e e-books que muitas vezes nem sequer passam pelo mercado editorial, mídia, crítica literária, universidade   ̶  isto é, espaços responsáveis pelo sucesso de público e sobre a inclusão da obra no cânone literário   ̶ ,   mas que se tornam fenômenos de leitura   e podem influenciar gerações futuras. Não, não estou falando de nenhum sucesso da web em blogs, sites, tumblr, fanzine virtual ou algo do gênero.  Estou falando dos poetas marginais e da Geração Mimeógrafo. Para você que acha que esses poetas vieram diretamente da cadeia, ou mimeógrafo é um bicho, uma doença ou um tipo de droga, explico.  Esses poetas começaram a produzir seus escritos a partir da década de 70 e se estenderam até 80 – alguns teóricos consideram apenas a década de 70, porém pela produção literária que até flertou com o movimento punk outros também consideram a segunda década –, ou seja, compreendidos nos ano...

Gerda: A PORTA DO CAOS

Estava com a vida num marasmo que não entendia. Tinha começado a passar por uma série de transformações que estavam doendo até aquele momento, mas tudo parecia calmo, demais até, pensava. A sensação louca que tinha era de estar na beira de uma praia vendo a mansidão do mar, mas seu coração tinha uma mania chata de antever e palpitar descompassado, o que pensava ser arritmia era uma intuição de arrancar paz, era de família sua avó dizia, “pajé bom é assim mesmo”, odiava àquelas frases da matriarca, mania de me assustar, eu hein.   Mas era assim, seu peito palpitava, sentia que ia morrer de falta de ar, seu corpo paralisava de olhos abertos, e tinha uma miração. Ia acontecer de novo. Viu uma onda do tamanho de um prédio vindo em sua direção prestes a quebrar na sua cabeça, seu corpo começou a somatizar e suou dois litros inteiros, a água escorreu debaixo de seus seios, a boca seca e o desequilíbrio a fez cair no chão. Que merda é essa, é crise de pânico só pode, a onda tá se aproxi...

Rio

Eu, filha de rio Adentro O Rio De São Sebastião Gentileza, Selarón São Jorge e Zés Pilintras Parto e no centro encontro bordas No Rio transbordo                            o que me é profundo Nele, no seio, anseio estar no mundo como um rio inundo do que tenho de estranho entranho o belo, o imundo Rio em mim rios muitos Carola