Pular para o conteúdo principal

Todos querem ser o cordeiro de Deus e tirar os pecados do mundo

Americanos gargalharam como feras após a notícia da morte de Bin Laden, mostraram ao mundo seu ódio por dentro dos dentes, em gritos ferozes de euforia. 

 A dança do povo que saúda a morte.

A guerra é contra o terror, mas quem planta o terror no povo árabe e, sobretudo, no mundo ocidental, financiando guerrilhas, grupos de extermínio, embargos econômicos, má distribuição de renda, negando ajuda humanitária para países latinos paupérrimos que não se curvam à política externa do Tio Sam?

Política esta que no seu íntimo ratifica regimes totalitários de seus aliados e esmaga civis, religiosos e extingue famílias inteiras.

A guerra contra o terror matará mais alguns milhões de seres humanos, essa história já é antiga, desde que o mundo é mundo procura-se um culpado, que justifique nossos erros e sacie a nossa sede de vingança. O homens se digladiando ao molde romano. Ocidentais e orientais. Palestinos e judeus. Nós tantos.

O Bin Laden levou um tiro na cabeça. Todos querem ser o cordeiro de Deus e tirar os pecados do mundo. Os americanos, um tiro no pé. E ninguém tem piedade de nós.


Carola

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Poetas Marginais e Geração Mimeógrafo

Estamos mais do que acostumados a ter acesso a livros e e-books que muitas vezes nem sequer passam pelo mercado editorial, mídia, crítica literária, universidade   ̶  isto é, espaços responsáveis pelo sucesso de público e sobre a inclusão da obra no cânone literário   ̶ ,   mas que se tornam fenômenos de leitura   e podem influenciar gerações futuras. Não, não estou falando de nenhum sucesso da web em blogs, sites, tumblr, fanzine virtual ou algo do gênero.  Estou falando dos poetas marginais e da Geração Mimeógrafo. Para você que acha que esses poetas vieram diretamente da cadeia, ou mimeógrafo é um bicho, uma doença ou um tipo de droga, explico.  Esses poetas começaram a produzir seus escritos a partir da década de 70 e se estenderam até 80 – alguns teóricos consideram apenas a década de 70, porém pela produção literária que até flertou com o movimento punk outros também consideram a segunda década –, ou seja, compreendidos nos ano...

Gerda: A PORTA DO CAOS

Estava com a vida num marasmo que não entendia. Tinha começado a passar por uma série de transformações que estavam doendo até aquele momento, mas tudo parecia calmo, demais até, pensava. A sensação louca que tinha era de estar na beira de uma praia vendo a mansidão do mar, mas seu coração tinha uma mania chata de antever e palpitar descompassado, o que pensava ser arritmia era uma intuição de arrancar paz, era de família sua avó dizia, “pajé bom é assim mesmo”, odiava àquelas frases da matriarca, mania de me assustar, eu hein.   Mas era assim, seu peito palpitava, sentia que ia morrer de falta de ar, seu corpo paralisava de olhos abertos, e tinha uma miração. Ia acontecer de novo. Viu uma onda do tamanho de um prédio vindo em sua direção prestes a quebrar na sua cabeça, seu corpo começou a somatizar e suou dois litros inteiros, a água escorreu debaixo de seus seios, a boca seca e o desequilíbrio a fez cair no chão. Que merda é essa, é crise de pânico só pode, a onda tá se aproxi...

Rio

Eu, filha de rio Adentro O Rio De São Sebastião Gentileza, Selarón São Jorge e Zés Pilintras Parto e no centro encontro bordas No Rio transbordo                            o que me é profundo Nele, no seio, anseio estar no mundo como um rio inundo do que tenho de estranho entranho o belo, o imundo Rio em mim rios muitos Carola