*Por Vicente Franz Cecim Em algum lugar do estranho mundo mãos se tocam em silêncio branco Ah o encanto da carne quando esquecida é a existência do deus que causa a dor Uma ave vai pousando em seu ninho, traz nos olhos os espantos do dia que se acaba, se acaba Mas a tarde nos serena, com a promessa de que logo vai anoitecer para novamente nos tornarmos sombras, nos tornarmos sombras, nos tornarmos sombras Devolvidos aos ninhos escuros, escuros, escuros Ah como nos assusta caminhar sob um sol A este lado da esfera ainda não veio o tempo do repouso A terra geme, a fatigada, fatigada Os homens nos caminhos do crepúsculo da raça perderam seus olhos nos cílios pesados de bronzes antigos As estátuas com nódoas de vergonhas, a vergonha, a vergonha ...