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Mostrando postagens de março, 2013

DIALÉTICA CANALHA

Para quem leu o EMBATE RETÓRICO , publicado originalmente no Quente e Úmido : uma resposta. DIALÉTICA CANALHA *Por Danilo Caetano Eu É possível que a cama supra? Você Sim, é possível. Mas os canalhas sempre dizem sim. Os canalhas sempre alimentam relações improváveis. Eu Mas, e o canalha bem intencionado? Aquele que engana duas porque não acha justo enganar apenas uma? Você Esse é o pior deles. Eu Por quê? Você Porque jamais falará a verdade a nenhuma das duas e para uma falará sempre montado em um epicurismo simplório. Eu Mas se fôssemos todos uns cínicos a rejeitar as vicissitudes da vida, tudo não seria chato demais? Não é uma Lei de Adrástea buscar a felicidade? Você Sim. Mas os canalhas sempre dizem sim. Eu Então? Você Apenas Héstia aceitaria. Eu Então, apresenta a tua palinódia. Você Nunca. Eu Então, fico pela nuca. * Danilo Caetano é publicitário. Mas é um cara inteligente e saiu da vida de agência de publicidade...

Minha Maria

Dia Internacional da Mulher para mim não é dia para confetes, ao contrário, é data para se olhar para dentro.   Não digo que não devamos falar das glórias femininas ou ficarmos felizes com homenagens e mimos que ganhamos de chefes, maridos, amigos, namorados, homens de nossas vidas. Tudo isso é muito importante e alimenta o dia de sorrisos e afagos sinceros. Não vou fazer um discurso feminista, político ou revoltado sobre nossas mazelas, condição muitas vezes desleal no mercado de trabalho; a banalização da mídia em relação à nossa figura, que parece que só deve ser respeitada nesse dia ou do fato de nós mesmas nos colocarmos na condição de carne mais barata do mercado e reclamarmos quando querem nos comprar, entre outras coisas que abomino. Há tudo isso, mas quero falar de outras camadas mais profundas. Venho de uma família de mulheres e esse signo do feminino em mim é forte demais. Isso não implica numa camada de fragilidade e sim, muito mais nas de pelejar, aguerrir, ab...
* Por Denis Bezerra Amanhã, quando romper a cortina escura Estarei clara para a morte. Turva para a vida. E quando cerzir por mais um instante, A penetrar a apocalíptica espada, Nua na alma, Fechada ao gozo divino, A aurora se fará concreta, atroz, viril. Quando chegar, e me elevar ao vale rejeitado, As nuvens claras de dor e destino Abrirão esse amanhã: gotículas traspassadas Pela luz entrante. E sentir, por unívoco tempo, O sêmen seco fecundado. * Denis Bezerra é Professor e Ator Gosta de vinho e cigarro,  de boas conversas, de estar no palco e da vida. Pesquisa e escreve no Blog Teatro no Pará .