Neste dia 08 de março de 2012 é comemorado o dia da mulher e neste mês também faz quatro anos de morte de uma anti-heroína, Kicia Magno.
Era o Macunaíma de shortinho curto e camisa vermelha. Olhos brilhantes, cara de índia, pele clara e sorriso largo. Não era uma estrela, pessoa influente na sociedade ou na política, era apenas uma mulher de seus quase quarenta anos, mãe, baixinha, gordinha e empregada doméstica.
Vários homens a amaram e a odiaram na mesma proporção. Tinha uma sede de liberdade que atropelava todas as convenções e por vezes seus entes mais próximos, mas era feliz. Ela passou na vida de muita gente como um exemplo de alegria (por vezes desmedida) e gana de viver, mas deixou uma trilha de dor aos que tiveram que viver com sua ausência.
A hipocrisia sobrepujou a vida. A máxima de que “em briga de marido e mulher ninguém mete a colher” se concretizou, sim, sua história chegou ao pior desfecho das histórias femininas: foi assassinada pelo próprio companheiro.
Ninguém de fato se meteu. Ele foi julgado e condenado pelo crime brutal, será solto daqui a poucos anos. Ela permanecerá na prisão de terra.
No dia em que são celebradas as conquistas femininas não se pode esquecer das perdas.
Carol Magno
!!!
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